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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Síntese do texto: “A arte dos ruídos. Manifesto futurista.” De Luigi Russolo.

A idéia central surgiu a partir da concepção de que a vida antiga fora toda silêncio, tendo o ruído nascido junto com a invenção das máquinas, intervindo assim, na sensibilidade dos homens.
Por muitos séculos a vida se desenvolveu em silêncio tendo algumas intervenções de ruídos maiores advindos de fenômenos da natureza, como uma tempestade. Nessa escassez de ruídos, os primeiros sons extraídos de matéria-prima, causaram espanto e admiração. De inicio os sons foram atribuídos aos deuses, considerados sagrados e usados para enriquecer os ritos.
Nasce a concepção do som como coisa em si, resultando em música. A idéia de ser sagrada retardou seu progresso. Na idade média, os modos gregos enriqueceram a arte musical, mas continuou a considerar o som e seu desenvolvimento no tempo, algo restrito, o que perdurou por alguns séculos. Concepção horizontal e não vertical, não existia acorde, e seu surgimento deu-se gradativamente.
A arte musical buscou e obteve a principio, a pureza, limpidez e doçura do som, depois combinou sons diversos, mantendo a preocupação com a beleza dos sons e suaves harmonias. Hoje a arte musical busca combinações de sons mais dissonantes, estranhos e ásperos aos ouvidos. Aproximando-se assim sempre mais do som-ruído.
Tal evolução musical é paralela a evolução das máquinas.
A música foi se desenvolvendo em direção a mais complexa polifonia e em direção à maior variedade de timbres, porém o som musical é muito limitado na variedade qualitativa dos timbres.
É preciso que se rompa com este círculo restrito de sons puros e que se conquiste a variedade infinita dos “sons-ruídos”. Os futuristas amam e apreciam as obras dos grandes mestres, porém há um cansaço destes que procuram com mais interesse, combinar ruídos como o barulho de trem, motores de explosão, ruídos do cotidiano, do que em re-ouvir antigas grandes obras musicais.
Há grande variedade nos ruídos, tanto nos da natureza quanto nas das grandes cidades.
Há de se entoar e regular harmônica e ritmicamente tais variados ruídos. Todo ruído possui um tom, às vezes também um acorde que predomina no conjunto de suas vibrações irregulares.
A arte dos ruídos não deve se limitar a uma reprodução imitativa deve-se criar experimentar, sem o comodismo dos ciclos e sons musicais já conhecidos.


Daniella Góes Rubio Prosdócimi
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